GUITARRA ROMÂNTICA
Este instrumento foi encomendado pela produção de um filme que está sendo rodado no Rio Grande do Sul (março/12), baseado na obra "O Tempo e Vento", de Érico Veríssimo.
Procurado há cerca de dez dias do início das gravações, tive pouco tempo para investigar que tipo de violão o personagem utilizaria no período e as referências que dispunha para construir o instrumento eram apenas estas:
"...Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 - a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador de cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto..."
Procurado há cerca de dez dias do início das gravações, tive pouco tempo para investigar que tipo de violão o personagem utilizaria no período e as referências que dispunha para construir o instrumento eram apenas estas:
"...Quando Rodrigo Cambará surge no povoado de Santa Fé, em outubro de 1828 - a cavalo, chapéu caído na nuca, cabeleira ao vento, violão a tiracolo -, parece chamar encrenca. Com a patente de capitão, obtida no combate com os castelhanos, é apreciador de cachaça, das cartas e das mulheres. Homem de espírito livre, não combina com os habitantes pacatos do local, mantidos no cabresto pelo despótico coronel Ricardo Amaral Neto..."
O personagem poderia utilizar um instrumento oriundo de várias escolas de construção, como a francesa, alemã ou italiana, mas num período aonde o Rio Grande e o Uruguai se confundiam, optei por uma guitarra da escola espanhola.
As formas e dimensões que utilizei foram inspiradas numa guitarra de Joséf Pagés, Cadiz - 1811 - coleção do Ringve Museum, Trondhjem, Noruega.